Tem mas acabou (ou crônica de uma morte anunciada)

*Um disco de Pato Fu e um livro de Garcia Marquez.

Há dias que estava para escrever um texto sobre as pessoas que entram em nossas vidas e fazem um estrago que não imaginávamos. Ontem, depois de um "incidente", ouvindo Ana Carolina (Carvão, Aqui e Vai, principalmente), saiu. Chama-se Atrás da porta. As portas são recorrentes em minha vida.
O fato é que eu estava no meu cantinho, quando alguém adentrou a minha vida de mansinho, comeu pelas bordas e fez um baita estrago. Durante um mês eu me senti presenteada (ver Presentinho). No último mês eu não sei o que se passa. Mas o que era doce se acabou.
Segunda passada eu entrei lá no Meu astro e o resultado desta parceria foi:
"Vocês estão juntos para dar segurança emocional um ao outro". No que a Mari disse: Incompatibilidade. Porque há um mês ela vê eu perder o que achava ser um presente. Eu chorar sem saber o que se passa.
E ontem ela provou que me conhece mais do que eu imaginava, mesmo a gente sendo amiga há tão pouco tempo. Lá no início, quando eu estava "senhora da situação", que achava que mais recebia do que dava, que a situação estava "sob controle", ela disse que eu estava gostando e muito deste presente. Ontem ela me perguntou porque eu fui gostar tanto assim.
E o fato é este: que entraram na minha vida de mansinho, eu me senti presenteada e me fizeram um rombo (que eu gostei). E hoje fico me perguntando: por que? Eu estava no meu cantinho. Por que não me deixaram lá se era para me roubar? Para durar tão pouco? Por que eu tinha de viver isso? Desde que acabei o meu namoro era a primeria vez que encontrava alguém que parecia valer a pena investir.
Não sei. Só sei que eu me sinto como uma porta arrombada. E tenho a impressão de que toda vez que algo me incomodava e eu tentava melhorar, piorava. É como se tudo o que eu fizesse fosse errado. Pelo menos fui acusada disso. É como se o meu investimento foi em vão. Que pena. E eu que me achei presenteada.