Mas o que ela quer afinal?

“Menina complicada”, ele pensou, quando olhou a sua mão. Mas não disse nada.


Ela quisera saber do destino. E ele nada disse. “Outro dia, quem sabe”. Mas nunca falou. Não teve coragem.

Aquela não era a primeira vez que se viam. Mas talvez a primeira oportunidade de se conhecerem. “Menina complicada”, ele pensou. Mas, apesar disso, quis o destino que se reencontrassem e o celular que os aproximassem... E a vida que morassem perto...

“Menina complicada”, a frase não saia de sua cabeça, enquanto se falavam todos os dias, como se fossem amigos inseparáveis, como se sempre se conhecessem. “Menina complicada”, mas que a atraia. E, por isso, da amizade, surgiu algo mais.

- Ele tinha a pegada, ela confidenciou posteriormente. Mas talvez o complicado fosse o moço. Tivera medo do que suas linhas da mão lhe disseram? Ela não sabe, ele nunca disse. Apenas se afastou e terminou com tudo, o que ainda não era.

“Menino complicado”, ela pensou. Queria alguém para se divertir, nada mais...

Meses depois, na noite do reencontro, encontrou o homem para casar, o bom moço. Não que ela buscasse esse tipo... E se atracou em beijos e amassos que até então ninguém vira. E a sede da menina era muita... e o queria dia e noite, todo dia. Para se divertir, nada mais, como sempre.

“Menina complicada”, ele pensou. Ele queria alguém para namorar. Queria que freqüentasse a família, que visse exposições, queria levá-la a jantares bacanas. Ele queria alguém para casar...

Ela queria diversão. E então, um dia, terminou tudo, o que ainda não era.

Comentários

Postagens mais visitadas