Recomeço
Um não pertencimento. Foi assim que me senti nesta manhã. No meio dela, eu vi o que eu perdi neste um ano. Não foram só as aulas que eu não fiz, nem a técnica que deixou de ser burilada. Foi o convívio. Deixei de participar da vida de pessoas, que também não estiveram na minha. E agora estou aqui em uma sala de desconhecidos. Não sou mais da minha turma, mas também não pertenço a esta. Não sou de lugar algum.
Sinto-me completamente só, em busca de um sonho que só eu acredito. E tento entender porque eu precisava desse tempo. Por que a pausa, o adiamento?
Veio à minha cabeça aquele dia em que levantei da sala e pedi o trancamento da minha matrícula. Adiava um sonho por absoluta falta de recursos para continuá-lo. Junto com a lembrança vieram todos os sentimentos daquele dia. A volta para a sala, o choro contido. E a dificuldade de retornar aquele lugar depois do ato feito.
Agora eu me via ali de novo. Em um recomeço, um ano depois. Com a sensação de abandono total. De não pertencer a lugar algum. Mas ainda atrás do mesmo sonho.
Comentários
Elisa Lucinda já dizia:
"... A vida não tem ensaio, mas tem novas chances.
Viva a burilação eterna, a possibilidade: o esmeril dos dissabores! Abaixo o estéril arrependimento, a duração inútil dos rancores.
Um brinde ao que está sempre nas nossas mãos: a vida inédita pela frente e a virgindade dos dias que virão!"
Um grande beijo,
Não lamente pelo colegas que fez no passado, comemore por hj reencontrá-los, mesmo q em outra sala... Não lamente por estar entre "desconhecidos" comemore a oportunidade de conhecer novas pessoas...