Desapego
Ontem a porta não bateu. Eu bati. Fechei sem olhar para trás. Dei dois passos e desabei. Deixar dói...
Ontem eu disse não. Não para um amor que me doía. Que imaginei que não conseguiria viver sem.
Estou aqui, com dor no peito, mas viva. Porque ontem fui eu quem bateu a porta! E sem olhar para trás...
Hoje eu consegui olhar para aquela porta. E ver atrás dela aquele amor que eu pensei que fosse incapaz de ficar sem. Que eu achei que um dia, com outro, ele ainda seria o meu amor. Porque o amor não morre. Mas se transforma.
Um dia eu já tinha fechado uma porta. Para abrir uma janela. E sobrevivi. Por que agora seria diferente?
Deixar dói. Mas eu bati a porta e não olhei para trás.
Hoje eu olhei atrás daquela porta e vi o amor que me consumia. Amor vivido a sós. Porque de novo só eu amava ou só eu tinha a coragem de vivê-lo.
Da outra vez que eu bati a porta, vieram tocá-la, anos mais tarde. Porque ser deixado dói. E a dor da solidão traz o arrependimento ou a coragem de viver o amor outrora negado. Mas aquela porta estava fechada. E agora não era nada mais que uma simples passagem.
Então eu me vi batendo mais uma vez uma porta. Pelo mesmo motivo. Para outra pessoa. Porque deixar dói. Mas dói mais não viver a plenitude de um amor. E é imensurável a dor de amar sozinho.
Ontem eu bati a porta porque ia doer. Mas talvez fosse melhor que a dor do amor vivido a sós. Ontem eu fechei a porta porque precisava abrir a janela. E ao bater aquela porta, lembrei de quando outra se fechou pra mim. De alguém que também não tinha coragem.
Deixar dói. Assim como ser deixado. Mas ontem eu fechei aquela porta. E espero que ela não seja tocada anos mais tarde. Porque deixar dói. Mas também dói ver uma amor se transformar. Dói perceber que a porta principal virou secundária. Dói lembrar que ela foi fechada porque só um queria ela aberta.
Deixar dói. Mas eu precisava bater aquela porta. Porque hoje eu quero abrir uma janela. Para nunca mais deixar (fechar).
Sampa
22/02/06
Ontem eu disse não. Não para um amor que me doía. Que imaginei que não conseguiria viver sem.
Estou aqui, com dor no peito, mas viva. Porque ontem fui eu quem bateu a porta! E sem olhar para trás...
Hoje eu consegui olhar para aquela porta. E ver atrás dela aquele amor que eu pensei que fosse incapaz de ficar sem. Que eu achei que um dia, com outro, ele ainda seria o meu amor. Porque o amor não morre. Mas se transforma.
Um dia eu já tinha fechado uma porta. Para abrir uma janela. E sobrevivi. Por que agora seria diferente?
Deixar dói. Mas eu bati a porta e não olhei para trás.
Hoje eu olhei atrás daquela porta e vi o amor que me consumia. Amor vivido a sós. Porque de novo só eu amava ou só eu tinha a coragem de vivê-lo.
Da outra vez que eu bati a porta, vieram tocá-la, anos mais tarde. Porque ser deixado dói. E a dor da solidão traz o arrependimento ou a coragem de viver o amor outrora negado. Mas aquela porta estava fechada. E agora não era nada mais que uma simples passagem.
Então eu me vi batendo mais uma vez uma porta. Pelo mesmo motivo. Para outra pessoa. Porque deixar dói. Mas dói mais não viver a plenitude de um amor. E é imensurável a dor de amar sozinho.
Ontem eu bati a porta porque ia doer. Mas talvez fosse melhor que a dor do amor vivido a sós. Ontem eu fechei a porta porque precisava abrir a janela. E ao bater aquela porta, lembrei de quando outra se fechou pra mim. De alguém que também não tinha coragem.
Deixar dói. Assim como ser deixado. Mas ontem eu fechei aquela porta. E espero que ela não seja tocada anos mais tarde. Porque deixar dói. Mas também dói ver uma amor se transformar. Dói perceber que a porta principal virou secundária. Dói lembrar que ela foi fechada porque só um queria ela aberta.
Deixar dói. Mas eu precisava bater aquela porta. Porque hoje eu quero abrir uma janela. Para nunca mais deixar (fechar).
Sampa
22/02/06
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