Recomeços

As caixas estão lá a me mostrar que é preciso guardar. É preciso embalar sonhos com cuidados, para levá-los para os locais onde vão ser semeados. Mas é preciso também desfazer-se, ficar apenas com o essencial.

Mais uma vez as caixas me rodeiam. Há alguns anos elas me perseguem. Embalar, empacotar, selecionar, descartar...

Às vezes carregamos conosco peso demais. As caixas bem que já poderiam ter sido descartadas...
As caixas são levadas para lá e para cá: às vezes sem cuidado algum, outras com muito zelo. Encaixotamos coisas e sentimentos.

Chega um momento em que precisamos encaixotar tudo para, em outro, desencaixotar.


E então descobrimos que não existe volta. Existem recomeços.

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