Vou morrer tetraplégica (é suicídio?)
Eu vou morrer tetraplégica. Só pode ser. De tanto me jogar de cabeça, dia desses vou bater numa pedra. É quase um suicídio.
Mas a sensação de sentar numa janela, sentir o vento bater e saltar para o desconhecido é maravilhosa. E assim eu faço cotidianamente desde que me dei conta que o medo me paralisava e me impedia de viver um grande amor.
Então, seja grande ou pequeno. Amor ou paixão. Ou nada disso, eu me jogo sem olhar para os lados. E me entrego como uma legítima canceriana (romântica e abestalhada). E vivo os meus dias a me dar. A oferecer. A compartilhar. A ser compreensiva. Enfim, a ser uma boba.
Só que há tempos apenas eu dou. E não recebo. Como uma fonte inesgotável. E cada dia cavo mais e acho mais um pouco. Sempre dando. Escutando. Oferecendo. E eu, quando vou receber?
A fonte secou. Vou ter de virar mercenária? Não sei. Só sei que hoje eu não vou dar. Hoje eu quero receber. Pode bater que a porta está fechada. Daqui não sai nada.
Hoje eu não vou pular para o desconhecido. Eu quero o conhecido a me ofertar. Eu quero de volta tudo o que eu dei, com juros e correção monetária! Eu quero os anos de doação, de entrega. Eu quero receber e nada mais. E com isso, pensar que ainda vale a pena saltar de cabeça, com os olhos fechados, sentindo a brisa no rosto. Sem encontrar pedras.
Mas a sensação de sentar numa janela, sentir o vento bater e saltar para o desconhecido é maravilhosa. E assim eu faço cotidianamente desde que me dei conta que o medo me paralisava e me impedia de viver um grande amor.
Então, seja grande ou pequeno. Amor ou paixão. Ou nada disso, eu me jogo sem olhar para os lados. E me entrego como uma legítima canceriana (romântica e abestalhada). E vivo os meus dias a me dar. A oferecer. A compartilhar. A ser compreensiva. Enfim, a ser uma boba.
Só que há tempos apenas eu dou. E não recebo. Como uma fonte inesgotável. E cada dia cavo mais e acho mais um pouco. Sempre dando. Escutando. Oferecendo. E eu, quando vou receber?
A fonte secou. Vou ter de virar mercenária? Não sei. Só sei que hoje eu não vou dar. Hoje eu quero receber. Pode bater que a porta está fechada. Daqui não sai nada.
Hoje eu não vou pular para o desconhecido. Eu quero o conhecido a me ofertar. Eu quero de volta tudo o que eu dei, com juros e correção monetária! Eu quero os anos de doação, de entrega. Eu quero receber e nada mais. E com isso, pensar que ainda vale a pena saltar de cabeça, com os olhos fechados, sentindo a brisa no rosto. Sem encontrar pedras.
Para ler ao som de "Eu não paro", da Ana Carolina
Comentários
Neila, acho que ser típica canceriana (romântica e sonhadora) não há mal algum, muito pelo contrário. Acho linda a musica "Rosas" da Ana Carolina quando diz "...Porque eu sou feita pro amor da cabeça aos pés
E não faço outra coisa do que me doar.Se causei alguma dor não foi por querer.Nunca tive a intenção de te machucar..." justamente por isso. Me identifico com ela e não reclamo por me doar, me "atirar de cabeça". Tudo é questão de ponto de vista, de aprender a se valorizar, se gostar. Eu me amo e pouco me importa se as pessoas se doam ou não, não me interesso por isso.Não deixarei de me dar, de me entregar por isso.Se as pessoas que me envolvo não me correspondem, pulo fora, não lamento, a fila anda. Sofrimento há sim. Mas não podemos cobrar por isso ou mudar nossa maneira de ser pq julgamos estar numa via de mão única, onde apenas nós (cancerianas) damos o braço a torcer, nós voltamos atrás, nós nos entregamos por completo, nos doamos. "Carpe Diem"
Beijos.
PS:não posso vir todo dia, mas sempre que passar leio tudo tá.