Fugitivo
Ela voltava para casa triste e, como num ritual, passou na banca para comprar jornal - talvez seja uma das poucas que ainda têm este hábito. O papel, no entanto, não ia deixá-la mais feliz. Tratava-se só de um ritual de final de semana, comprar jornal.
Estava a duas quadras de casa. Estacionou o carro na esquina da banca de revista. Desligou o autinho e puxou o freio de mão. Ia tão rápido ali - estava louca pra chegar em casa - que deixou tudo dentro do carro: celular, carteira, bolsa, óculos. Só saiu com o dinheiro do jornal e a chave do carro. Ligou o alarme e caminhou até a banca. Uns 10 passos, quem sabe...
Pediu pelo jornal. Pagou. Colocou o papel debaixo do braço e foi em direção ao carro. Enquanto caminhava, olhou para a esquina e ele não estava lá. Se perguntou como o ladrão tinha sido tão rápido e o alarme nem tinha disparado. Com o coração na boca, caminhou mais um pouco e olhou para a esquerda. O carro estava lá, sozinho, descendo a rua, de ré...
Saiu correndo em direção a ele. Outros dois tinham parado (será que para olhar a cena, tsc, tsc). Ele já estava quase na segunda metade... Olhou para a direita (para ver se não vinha "nenhum louco", pensou). Desligou o alarme, engatou a primeira e foi. Na banca, os dois homens que lá estavam davam gargalhadas.
As duas quadras seguintes foram um misto de emoção. As pernas estavam bambas do susto. Mas chegou em casa dando risada. A cena tinha sido, de fato, engraçada.
Se perguntava como aquilo tinha acontecido se o freio de mão estava puxado. Talvez precisasse engatar a primeira, talvez precisasse ter algo pra rir...
Sampa
Jan/09
Estava a duas quadras de casa. Estacionou o carro na esquina da banca de revista. Desligou o autinho e puxou o freio de mão. Ia tão rápido ali - estava louca pra chegar em casa - que deixou tudo dentro do carro: celular, carteira, bolsa, óculos. Só saiu com o dinheiro do jornal e a chave do carro. Ligou o alarme e caminhou até a banca. Uns 10 passos, quem sabe...
Pediu pelo jornal. Pagou. Colocou o papel debaixo do braço e foi em direção ao carro. Enquanto caminhava, olhou para a esquina e ele não estava lá. Se perguntou como o ladrão tinha sido tão rápido e o alarme nem tinha disparado. Com o coração na boca, caminhou mais um pouco e olhou para a esquerda. O carro estava lá, sozinho, descendo a rua, de ré...
Saiu correndo em direção a ele. Outros dois tinham parado (será que para olhar a cena, tsc, tsc). Ele já estava quase na segunda metade... Olhou para a direita (para ver se não vinha "nenhum louco", pensou). Desligou o alarme, engatou a primeira e foi. Na banca, os dois homens que lá estavam davam gargalhadas.
As duas quadras seguintes foram um misto de emoção. As pernas estavam bambas do susto. Mas chegou em casa dando risada. A cena tinha sido, de fato, engraçada.
Se perguntava como aquilo tinha acontecido se o freio de mão estava puxado. Talvez precisasse engatar a primeira, talvez precisasse ter algo pra rir...
Sampa
Jan/09
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bjs