Vão-se os anéis, ficam os dedos
Para governar, o PT precisou se aliar aos porcos. É preciso a tal da governabilidade no Congresso Nacional.
Quem com porco se deita, fica enlameado. Quem dá um dedo, tem que dar a mão.
Primeiro foi o Mensalão. Havia propina para vários partidos. Mas só o PT ficou com a marca. Depois, o Petrolão: tem PMDB, PP, PSDB, etc. De um tudo, como dizem. Mais uma vez, apenas o PT é o corrupto. Não, não estou defendendo a corrupção! E o PT muito tempo jogou pedra e depois, virou vidraça. Mas o que ocorreu é que de todos os ladrões, só um foi nomeado. Afinal, era um partido de esquerda. Afinal, enlameado, poderia sair do poder.
Sujo que estava, precisava manter a governabilidade e chega em 2014 com uma encruzilhada. Os últimos quatro anos tinham sido de disputa no Congresso Nacional, apesar de o PMDB ter a vice-presidência e, portanto, ser governo. Na convenção nacional, o PMDB saiu rachado. E o PT aceitou um casório conveniente para seguir no poder. Um casório cujo marido ficava entre a esposa e a amante. Um pé lá, outro cá. E sua corja idem. Seguindo as conveniências.
Pois o marido começou a apostar na amante. E assim o que interessava era o quanto melhor, pior. Afinal, se eles já estão com lama, joguemos toda ela em cima deles, e nos livramos.
Com a amante ele teria mais do que com a mulher... Mas só havia percebido isso ao final das eleições... então, desde o primeiro dia do atual governo, em 2015, passou a trabalhar para que a separação não fosse amigável, fosse litigiosa. Mas que ela, a mulher, fosse a culpada. Ao homem adúltero, a glória!
E assim, desde aquele primeiro de janeiro de 2015, a mulher não consegue governar. Por quê? Porque o marido não deixa! O PMDB, mesmo sendo governo, passou os últimos 16 meses se comportando como oposição e vivendo à base da moeda de troca.
Quem deu um dedo, tem de dar uma mão.
Até que chegou a um momento insustentável. E, na fragilidade da falta de governabilidade - porque era fajuta -, apostou as fichas na derrubada da presidenta. É preciso um bode expiatório para mostrar à sociedade que estamos fazendo uma faxina...
Contra Dilma não há denuncias. Contra o seu governo, sim. Mas é o mesmo governo do Temer! Contra ela, não há nada no Petrolão. Contra ele, sim! Por que ELA tem de pagar o pato (para usar a expressão deles)? E ele não? Por que o marido promíscuo pode sair de santo e a mulher traída apedrejada?
Em jogo está muito mais do que uma disputa de poder ou de projeto para o país. Mas, infelizmente, parte daqueles que perderam as eleições - e não aceitam o voto da maioria - considera que é melhor se juntar aos porcos (assim como o PT fez para manter a governabilidade). Porque o que interessa para esses é simplesmente tirar o PT do poder. Mais nada.
"Joga pedra na Geni! Maldita Geni!" , já dizia Chico Buarque.
A faxina? Ah, a faxina já foi feita! Colocamos a cabeça dela à prêmio. Pronto. Não precisa mais nada. E seguimos nossa vidinha, enlameados.
Quem com porco se deita, fica enlameado. Quem dá um dedo, tem que dar a mão.
Primeiro foi o Mensalão. Havia propina para vários partidos. Mas só o PT ficou com a marca. Depois, o Petrolão: tem PMDB, PP, PSDB, etc. De um tudo, como dizem. Mais uma vez, apenas o PT é o corrupto. Não, não estou defendendo a corrupção! E o PT muito tempo jogou pedra e depois, virou vidraça. Mas o que ocorreu é que de todos os ladrões, só um foi nomeado. Afinal, era um partido de esquerda. Afinal, enlameado, poderia sair do poder.
Sujo que estava, precisava manter a governabilidade e chega em 2014 com uma encruzilhada. Os últimos quatro anos tinham sido de disputa no Congresso Nacional, apesar de o PMDB ter a vice-presidência e, portanto, ser governo. Na convenção nacional, o PMDB saiu rachado. E o PT aceitou um casório conveniente para seguir no poder. Um casório cujo marido ficava entre a esposa e a amante. Um pé lá, outro cá. E sua corja idem. Seguindo as conveniências.
Pois o marido começou a apostar na amante. E assim o que interessava era o quanto melhor, pior. Afinal, se eles já estão com lama, joguemos toda ela em cima deles, e nos livramos.
Com a amante ele teria mais do que com a mulher... Mas só havia percebido isso ao final das eleições... então, desde o primeiro dia do atual governo, em 2015, passou a trabalhar para que a separação não fosse amigável, fosse litigiosa. Mas que ela, a mulher, fosse a culpada. Ao homem adúltero, a glória!
E assim, desde aquele primeiro de janeiro de 2015, a mulher não consegue governar. Por quê? Porque o marido não deixa! O PMDB, mesmo sendo governo, passou os últimos 16 meses se comportando como oposição e vivendo à base da moeda de troca.
Quem deu um dedo, tem de dar uma mão.
Até que chegou a um momento insustentável. E, na fragilidade da falta de governabilidade - porque era fajuta -, apostou as fichas na derrubada da presidenta. É preciso um bode expiatório para mostrar à sociedade que estamos fazendo uma faxina...
Contra Dilma não há denuncias. Contra o seu governo, sim. Mas é o mesmo governo do Temer! Contra ela, não há nada no Petrolão. Contra ele, sim! Por que ELA tem de pagar o pato (para usar a expressão deles)? E ele não? Por que o marido promíscuo pode sair de santo e a mulher traída apedrejada?
Em jogo está muito mais do que uma disputa de poder ou de projeto para o país. Mas, infelizmente, parte daqueles que perderam as eleições - e não aceitam o voto da maioria - considera que é melhor se juntar aos porcos (assim como o PT fez para manter a governabilidade). Porque o que interessa para esses é simplesmente tirar o PT do poder. Mais nada.
"Joga pedra na Geni! Maldita Geni!" , já dizia Chico Buarque.
A faxina? Ah, a faxina já foi feita! Colocamos a cabeça dela à prêmio. Pronto. Não precisa mais nada. E seguimos nossa vidinha, enlameados.
Comentários