Amor de verão

No fundo do mar aqueles olhos se encontraram. E a água embalou seus corpos. Ao sabor das ondas, em um vai-e-vem, as peles deslizavam.
Um gosto salgado queimava suas bocas, enquanto o oceano atenuava o fogo que emanava sob o seu azul.
Mãos que pegavam. Corpos que se entrelaçavam. Bocas que se encontravam. O balanço das ondas comandava seus movimentos, em um intenso equilíbrio e desequilíbrio. O calor do sol e de suas peles era amenizado pelas águas geladas.
Furtivo e rápido, o encontro daqueles corpos. Durou o tempo de uma rebentação. Depois, as ondas separaram os dois, que aportaram em terras diferentes. Até o próximo verão.


Sampa
Nov/06

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