Mordida
Aquele bichinho me mordeu e me envenenou. Meus olhos estão nublados, infectados por ele. Em todo lugar, uma dúvida. O medo e a insegurança dominam-me. E eu que pensei que fosse forte. Mas não sou. Um dia não resistiria, seria mais fraca.
Aquele bichinho me mordeu e me envenenou. A minha alma está infestada dele. Uma nuvem negra caminha sobre a cabeça. E perturba a minha vida. Porque eu descobri que não sou forte.
Aquele bichinho me mordeu e me envenenou. E tudo é dúvida e incerteza. O querer é maior que o ter. Fica uma lacuna que dói, porque corrói.
Aquele bichinho me mordeu e me envenenou. E desde então a vida é um misto de alegria e tristeza. Aconchego e separação. Carinho e perturbação. Um agonia.
Aquele bichinho me mordeu e me envenenou. E eu tenho medo. De que ele leve consigo o que existia antes do veneno. Eu tenho medo de ter medo. E de perder.
Aquele bichinho me mordeu e me envenenou. E hoje eu sei que sou frágil como o bichinho. O veneno se espalha e me dói. Porque ele é mais forte que eu. Porque ele tapa os meus olhos. E muda o colorido da vida.
Aquele bichinho me mordeu e me envenenou. E está me enlouquecendo. Preciso estancar o veneno do bicho. Ou matar o bicho? Porque corrói a minha alma. E me transforma em alguém que não quero ser. E me faz sentir algo que nunca vivi.
Aquele bichinho me mordeu e me envenenou. O ciúme.
1 de maio/07
Sampa
Aquele bichinho me mordeu e me envenenou. A minha alma está infestada dele. Uma nuvem negra caminha sobre a cabeça. E perturba a minha vida. Porque eu descobri que não sou forte.
Aquele bichinho me mordeu e me envenenou. E tudo é dúvida e incerteza. O querer é maior que o ter. Fica uma lacuna que dói, porque corrói.
Aquele bichinho me mordeu e me envenenou. E desde então a vida é um misto de alegria e tristeza. Aconchego e separação. Carinho e perturbação. Um agonia.
Aquele bichinho me mordeu e me envenenou. E eu tenho medo. De que ele leve consigo o que existia antes do veneno. Eu tenho medo de ter medo. E de perder.
Aquele bichinho me mordeu e me envenenou. E hoje eu sei que sou frágil como o bichinho. O veneno se espalha e me dói. Porque ele é mais forte que eu. Porque ele tapa os meus olhos. E muda o colorido da vida.
Aquele bichinho me mordeu e me envenenou. E está me enlouquecendo. Preciso estancar o veneno do bicho. Ou matar o bicho? Porque corrói a minha alma. E me transforma em alguém que não quero ser. E me faz sentir algo que nunca vivi.
Aquele bichinho me mordeu e me envenenou. O ciúme.
1 de maio/07
Sampa
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