A vida devia nos privar

A vida devia nos privar de reencontrar um grande amor. Assim começa uma crônica do final dos anos 90, do Paulo Santana, de quando uma paixão me consumia. O recorte amarelado, do tempo em que, em cada esquina portalegrense, a dor podia ser sentida.
A vida devia nos privar não só quando o amor não está mais presente, mas também quando um não é mais nada do que uma lembrança para o outro.
A vida devia nos privar de reencontrar um olhar que outrora nos viu com paixão. De receber um abraço que hoje é só carinho. De um sorriso amarelo, sem graça pelo reencontro. Porque um grande amor não pode ser ofuscado pelo presente. Porque o egoísmo humano não permite que o outro seja feliz sem você. Ou porque outros grandes que depois vieram tornaram aquele tão pouco, que a lembrança de agora ofusca a grandiosidade de outrem.
Em algumas circunstâncias a vida devia nos privar ...

(Algum dia bem triste no segundo semestre de 2005, depois de um encontro na Alameda Santos e achado em um bloco dia desses)

Comentários

Anônimo disse…
Ahhh, mas olha só... Nada como uma bela ‘faxina’ nas gavetas para localizar dentre as revistas antigas do time do coração um “achado” destes! rs
KahSilva disse…
Saudações Coloradas!!!Muito bom seu blog,lindo texto!E ainda por cima ,como eu,é Colorada!!!Voltarei aqui,com certeza.Ótima semana!!!
Anônimo disse…
Estou sempre passando por aqui só pra ter certeza de que você ainda aquela dançarina poética que reside na minha lembrança. Curta tudo!

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