Porque eu voto


Eu sou câncer com sagitário. Sou emoção com um pouco de razão (idealista, visionário, como diz o astrólogo). E é assim que eu me guio. Minhas decisões são pautadas com essas duas premissas. E é por isso que eu voto Lula.
Se não fosse a geração de nossos pais, não iríamos às urnas. Se nós não fossemos cara-pintada, o País seria outro. Eu esperei anos para votar e não esqueço a minha primeira eleição. "Com coragem de mudar". Tarso. Por isso eu sou Lula de novo.
Eu vi uma cidade mudar em 16 anos e sonhava que um dia o Brasil pudesse ter "um governo democrático e popular". Não só os portoalegrenses vissem essa transformação. Então, eu voto Lula mais uma vez.
Eu acreditei em um projeto para o Brasil. Eu vi a esperança vencer o medo. E tenho o arrepio na pele, a lágrima no olho e a lembrança no coração daquele domingo, 27 de outubro de 2002, em que por erros perdemos o Rio Grande; mas por acertos, ganhamos o Brasil. E não esqueço a cidade que eu amo ser tomada pelo povo, numa grande festa, na posse do presidente Lula. E eu quero isso novamente. Sou Lula presidente.
Verdade que eu carreguei a bandeira da ética e me decepcionei. Verdade que desejei não precisar votar. Que por deixar o meu título no meu estado, me omiti. Vi isso e muito mais. Vi também uma elite não aguentar a transferência de renda para os pobres, nem suportar um metalúrgico presidente. Eu voto Lula sim!
Verdade que me desiludi com dólares na cueda. Com práticas que eu sempre combati. Que o governo não foi o que eu esperava. Que podia ser mais. Mas também me iludi em acreditar que em um sonho e achar que seria fácil realizá-lo. Se o mais difícil a gente conseguiu, eleger o presidente, como não governar? Santa ingenuidade ... Não tinha idéia de que não iam "deixar o homem trabalhar". E que com o inchaço do partido e os arcaicos de uma esquerda não evoluída iam fazer com que a banda podre fosse maior que imaginamos. Mas, apesar isso, sou como a "Carta Capital", prefiro o Lula. Porque aquele cara para quem eu dei o meu primeiro voto, em 1992, e me fez acreditar no PT, não me decepcionou. Então, eu vou de Lula, eu voto 13, como sempre.
Porque apesar de tudo, eu vi muita coisa mudar nesse meu País. E eu acredito no meu voto, com razão e emoção. Parafraseando um amigo de Brasília, "eu não esperei tanto tempo para entregar de mão beijada agora". Sou Lula.
O Brasil não está dividido entre ricos e pobres. O País está dividido entre aqueles que acreditam na mudança, no sonho, na esperança de um Brasil "socialmente justo" e nos que preferem o domínio da elite, sem transferência de renda, nos egoistas que não acreditam em justiça social. Nos que sonham e nos que já desistiram disso. Nos que pensam no Brasil e nos que só pensam em si. O meu voto não é por mim, é pelo meu País. E, apesar de tudo, eu digo: "Lula lá, valeu a espera". Sem medo de ser feliz, quero ver chegar (de novo): Lula.

Comentários

Frederico disse…
Bom... coisas da democracia. Cada um com sua opinião. E pelo visto seu candidato será reeleito...
Anônimo disse…
Sem comentários..............
Anônimo disse…
PARABÉNS PELO EXCELENTE TEXTO...AINDA BEM QUE PENSAS ASSIM...EU TAMBÉM QUERO LULA DE NOVO...ANTES ELE DO QUE UM NOVO COLLOR!
ATÉ DOMINGO NA "NOSSA DECISÃO"
BEIJOS
Frederico disse…
Neila, vc anda meio ligada demais nessa eleição.
Anônimo disse…
"Só de sacanagem"

Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova? Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro.

Do meu dinheiro, do nosso dinheiro, Que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós. Para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.

Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz. Mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.

Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó E dos justos que os precederam: “Não roubarás”. “Devolva o lápis do coleguinha”. “Esse apontador não é seu, minha filha”.

Pois bem, se mexeram comigo, Com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, Então agora eu vou sacanear: Mais honesta ainda vou ficar!

Só de sacanagem! Dirão: “Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba” E eu vou dizer: “Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez”. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos. Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês.

Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau. Dirão: “É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”. E eu direi: “Não admito, minha esperança é imortal”. E eu repito: “Ouviram? IMORTAL!”

Sei que não dá para mudar o começo Mas, se a gente quiser, Vai dar para mudar o final!
(Elisa Lucinda)

p.s. Pois é... então vamos deixar o homem trabalhar...
Bjs.
Neila Baldi, até a vitória!!!!/// Fernanda, tô com saudade de você!
Hane disse…
Fred, cê não viu nada...
Fernanda, tbem tô com saudades, vamos ver se a gente consegue se encontrar.
Neila, boa eleição, eu, infelizmente, votarei sem tanta convicção!
bjs procês
Frederico disse…
Gente, gente !!!! Agora que o homem ganhou então DEIXA O HOMEM TRABALHAR !!! ( afinal, tem uns 15 anos que ele não trabalha!! hahahahahaaaaa!) Ou então, pensando bem, deixa o homem quietinho... melhor pra gente! hehehehee !!! (cadê a Neila hein?)
Ai, Fred, podre! ;)

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