Cyndi

Era o nome da minha gata, depois da Penélope. Achei na rua, ela e o irmão, que não resistiu à chuva dentro da caixinha onde estavam. Malhada, pelo gostoso de passar.

Cyndi. Cyndi Lauper, como a cantora, a dos cabelos coloridos.

Eu achava ela o máximo (as duas, cantora e gata).

Minha gatinha me deu a Baby, que durou 16 anos.

Pois a cantora durou mais, mesmo com algumas ausências...

Mais de 20 anos depois, me pego cantando: Time after time, Tru Colors, She Bop, Girls just wanna have fun... E enlouqueço, me sinto na minha infância e início da adolescência com ela. Eram os anos 80 e a gente ainda era ou um ou outro. Sou mais Cyndi, que Madona. Mais Renato Russo que Cazuza. Mais Nenhum de Nós que Engenheiros do Hawai. Era assim.

Pois domingo passado ela esteve aqui para alegrar a todos nós. Está mais contigo, cantando blues. Mas não deixou os antigos hits. E eu me esbaldei!!! E lembrei da minha infância e dos sonhos e de tudo mais...